De acordo com o relatório mais recente da Oxfam, a fortuna dos bilionários cresceu em US$ 2 trilhões em 2024 — uma taxa três vezes maior do que em 2023, o equivalente a cerca de US$ 5,7 bilhões por dia — enquanto não houve aumento nem diminuição na população pobre global [1]. Esta última parte exige uma análise mais cuidadosa, considerando que uma parcela cada vez maior da classe média vive em condições progressivamente piores.
A solução apresentada pela Oxfam seria taxar os ricos, na esperança de que esses tributos fossem utilizados para melhorar a vida dos mais necessitados. Eles falham em compreender que os ricos são inteiramente antagônicos aos pobres e agirão para garantir que isso nunca aconteça. Se o problema fosse apenas tributar os ricos, já teríamos visto tais soluções serem implementadas ao longo da história. O que vemos, no entanto, são revoltas populares em que, em alguns casos, pessoas chegam até a ser decapitadas.
Repito: não há um único exemplo na história em que governantes decidiram transferir parte da riqueza dos seus cidadãos mais ricos de forma organizada através do Estado. Em alguns raros casos, houve instâncias de caridade que não chegaram nem perto de serem eficazes ou de reduzir a riqueza desses indivíduos. Nunca houve uma direção clara para que a riqueza dos mais ricos fosse redistribuída.
Como classes organizadas, eles têm seus próprios interesses, e esses interesses são antagônicos aos do proletariado, simplesmente porque, em última análise, essa riqueza origina-se deste último por meio da geração da “mais-valia” — um processo brilhantemente descrito por Marx há muito tempo.
Imaginar um cenário em que os ricos sejam taxados e permaneçam passivos é uma ingenuidade incrível. No máximo, o que ocorreria seria que eles se organizariam e colocariam fim à situação rapidamente.
Então, qual é a solução? Expropriar os meios de produção e estabelecer uma sociedade comunista. Devemos retirar deles a fonte de todo o poder dos bilionários: a propriedade privada dos meios de produção. Esta é a solução.
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